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A importância do retorno à prática de atividade física após a Covid-19 07/07/2022

A chegada da pandemia provocou uma redução muito grande dos níveis de atividade física da população em geral. Em virtude dos protocolos sanitários e medidas de restrição da circulação social, foi preciso aprender novas formas de trabalho, de consumo e de socialização. E, para muita gente, isso também incluiu levar para a sala de casa as atividades físicas que antes eram feitas em academias, praças e parques.

Ainda, por conta das restrições e de outras dificuldades vivenciadas no período de pandemia, muita gente deixou de ser fisicamente ativa, mesmo existindo algumas possibilidades de adaptação das atividades. Algumas pessoas passaram a não cumprir nem mesmo a quantidade mínima de atividade física recomendada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Também houve aumento do comportamento sedentário, que é o tempo despendido nas posições sentadas, reclinadas e deitadas e em frente à televisão, computadores e celulares. Portanto, o desafio agora é reverter esse cenário, principalmente porque, além de benefícios físicos, mentais e sociais, a prática de atividade física auxilia na recuperação de quem teve a doença e na redução de alguns sintomas persistentes da Covid-19 – embora ainda sejam poucas as evidências científicas sobre essa relação.

De acordo com o doutor Bruno Gualano, que é pesquisador do Laboratório de Avaliação e Condicionamento em Reumatologia e do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o primeiro ponto que pode ser destacado é que a inatividade física gera um malefício grave para a saúde de uma forma geral, além de predispor as pessoas a terem doenças crônicas.

Essa inatividade faz com que as pessoas sejam mais expostas a quadros graves de Covid-19, explica Bruno. Mais do que isso, ficar muito tempo parado e se movimentar pouco pode ser um fator de risco também para levar a morte por Covid-9. Sobre isso, vale ressaltar que os pacientes que apresentam versões mais graves da doença geralmente possuem comorbidades, como obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes. (...)

A edição de junho de 2020 da Revista Educação Física, do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) aponta também outros benefícios para quem está em recuperação: a melhora da independência, resistência cardiorrespiratória, força muscular, equilíbrio, coordenação motora, manutenção do peso ideal, entre outros. Sem falar nos aspectos mental e social, principalmente porque quando uma pessoa é acometida por alguma doença que a debilita acaba gerando um déficit de atenção, baixa produtividade, além de dificuldades na realização de atividades do dia a dia. A atividade física surge como uma estratégia para melhorar a parte motora, mas também promover bem-estar. (...)



Fonte: Ministério da Saúde