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Pandemia reduz exercícios físicos e diminui o bem-estar mental 05/08/2021

Pesquisa feita em 14 países, incluindo o Brasil, mostra uma redução na prática de atividades físicas durante a pandemia e também uma diminuição significativa no bem-estar psicológico. A equipe internacional de cientistas analisou os dados de milhares de pessoas que responderam a um questionário on-line com itens sobre saúde física e mental. De forma geral, mais de dois terços dos participantes não conseguiram manter o nível habitual de atividades físicas durante o isolamento, e 73% afirmaram que o bem-estar psicológico piorou. Detalhes do trabalho foram publicados na última edição da revista especializada Frontiers in Medicine e, segundo os autores, devem ser usados por autoridades para evitar que os prejuízos se repitam em crises sanitárias semelhantes.

Por meio das análises, os pesquisadores observaram que mais de dois terços dos avaliados não conseguiram manter o nível habitual de exercício físico. A prática de exercícios moderados — que inclui qualquer atividade que aumente a frequência cardíaca e a respiração, como caminhada rápida, corrida, ciclismo e até mesmo jardinagem — diminuiu, em média, 41%. A proporção de exercícios vigorosos — em que as pessoas suam e ficam sem fôlego — caiu de forma semelhante: 42%.

Anderson Dornelas [CREF 009031-G/DF], educador físico [o termo correto é Profissional de Educação Física], também avalia que as políticas públicas são essenciais para reverter o cenário atual. “Apenas com uma orientação de base, feita nas escolas, podemos quebrar um paradigma antigo, de que a atividade física é usada apenas para cunho estético. O exercício é terapêutico, ele nos permite ter uma vida saudável, nos protege. Temos visto pesquisas que mostram que quem não é sedentário corre menor risco de ter covid-19 grave, esse é um bom exemplo”, enfatiza. “Com esse tanto de tecnologia disponível, precisamos nos movimentar menos cada vez mais, e isso é algo que precisa ser combatido. ” (...)



Fonte: Correio Braziliense