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Uma frente ampla para combater a violência contra crianças no esporte 27/11/2019

A iniciação esportiva, reconhecida por promover integração social, bem-estar, lazer e, com sorte, perspectivas de uma carreira gloriosa, também pode representar riscos a crianças e adolescentes. Do trabalho infantil à exploração sexual, existe uma realidade paralela em que atletas em formação acabam submetidos a graves violações de direitos, que começam a preocupar autoridades e instituições que regem modalidades no Brasil. Na última terça-feira, a Comissão do Esporte realizou na Câmara dos Deputados uma audiência para debater a violência física e psicológica em categorias de base, com a participação de parlamentares, representantes do Governo federal, confederações, Ministério Público e Sindicato de Atletas, além de profissionais de educação física, psicologia e serviço social. (...)

Luciana Neder [CREF 003933-G/RJ], responsável por criar a primeira ouvidoria para denúncias de assédio no jiu-jitsu, à frente da federação sul-americana da modalidade, se mostrou preocupada com a rotina de violência a que mulheres e crianças do sexo feminino são submetidas em esportes que envolvem luta corporal. Ela aponta que 30% das ocorrências recebidas por sua federação se tratam de abusos sexuais. “Por causa da violência, poucas mulheres chegam à faixa preta no jiu-jitsu. Temos de criar ouvidorias nos estados e capacitar melhor os treinadores, exigindo, pelo menos, formação superior em educação física e a garantia de que serão afastados durante a apuração de eventuais denúncias.” (...)


Fonte: El país