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Confira uma seleção de novidades em atividades físicas que prometem agitar o verão 21/03/2018

Com a chegada de um novo ano, e com ele a possibilidade de um recomeço, é comum bater aquela vontade de pôr em prática alguns planos que ficaram para trás no ano findado. Encontrar um novo amor, mudar de emprego ou iniciar uma atividade física costumam figurar entre as resoluções mais populares nesta época. No entanto, para quem precisa de um empurrãozinho específico na hora de escolher uma modalidade esportiva — ou que seja apenas recreativa —, selecionamos a seguir atividades [...] disponíveis para quem quer se exercitar.

Uma das novidades que prometem atrair a atenção do público neste verão é o Flying Dance, que passou a figurar recentemente na grade da academia Bodytech, unidade da Avenida Erico Verissimo, na Barra. A atividade, desenvolvida em 2016 em Bangcoc, na Tailândia, consiste em uma aula de dança no ar, onde os alunos desafiam a gravidade suspensos por um bungee, elásticos altamente resistentes utilizados em saltos de bungee jump. Os elásticos, fincados no teto, ficam conectados ao corpo através de um trapézio, acessório que os alunos vestem no início das aulas, cuja duração gira em torno de 50 minutos. Depois disso, basta se soltar e seguir a coreografia.

— Não é uma atividade fitness, é uma atividade de dança focada na psicomotricidade. E, como toda dança, fortalece o corpo, principalmente as pernas e o abdômen — explica a professora Aline Alonso [CREF 034051-G/RJ], acrescentando que, embora promova a queima de até 280 calorias por aula, o maior benefício do exercício, considerado de baixo impacto, não está ligado apenas à silhueta. — As principais vantagens são a alegria e a injeção de serotonina. É uma aula que deixa você feliz.

Entre as modalidades que chegaram recentemente à unidade Bodytech do Vogue Square está a Cardio Burn, que combina remo, corrida ou caminhada e exercícios funcionais na mesma atividade. Na aula coletiva, que pode promover um consumo energético de até 300 calorias, em média, segundo a academia, os alunos podem acompanhar a frequência cardíaca através de monitores instalados no ambiente.

— A aula, que dura 30 minutos, promove um gasto energético extremamente alto num período curto. A elevação da taxa metabólica faz com que o aluno continue gastando mais calorias ao longo do dia, favorecendo o emagrecimento, uma vez que o metabolismo fica acelerado — explica Eduardo Netto [CREF 002025-G/RJ], diretor técnico da rede de academias.

Também fazem parte da lista de novidades da mesma unidade o Acrobatic Training, que traz para a academia, com o auxílio de tecido, trapézio e um minitrampolim, exercícios similares aos vistos num espetáculo de circo; o Bike Studio, aulas em bicicletas de estrada no lugar das bicicletas tradicionais de spinning, feitas para simular as resistências de qualquer tipo de terreno, como subida e até mesmo vácuo; e o Fit Parkour, atividade que envolve a transposição de obstáculos como escalar paredes, equilibrar-se em apoios estreitos ou saltar sobre plataformas.

Ficar com as pernas torneadas costuma ser um desejo comum entre mulheres que praticam atividades físicas. Para isso, é essencial incluir na rotina treinos que dão uma atenção especial aos membros inferiores, tais como glúteos, coxas e panturrilhas. Pensando neste público, o treinador de futebol Ernesto Paulo Calainho [CREF 017794-G/RJ] — que treinou seleções de base é pré-olímpica do Brasil na década de 1990 — marcou para este mês o início da primeira turma de treinos funcionais com bola, exclusiva para alunas do sexo feminino. A previsão é que as aulas aconteçam três vezes por semana, no campo de futebol do Condomínio Barra Deck.

Com formação em Educação Física, Ernesto Paulo ministra há um ano treinos funcionais para homens, entre 20 e 65 anos, interessados em obter um ganho na parte aeróbica e anaeróbica. Segundo ele, a ideia das turmas específicas para mulheres veio através da filha Luana, que, segundo o pai, sempre gostou de jogar bola.

— Já estava na hora de fazer uma turma apenas para mulheres. Acho que elas vão ficar mais à vontade e motivadas. Não é fazer diferença entre masculino e feminino, até porque o treino é o mesmo. A única diferença é que vou colocar mais abdômen para elas, e passar a focar no que cada público precisa mais — garante o treinador, que também atuou em times do Flamengo (juniores), Botafogo e América-RJ.

O treinador, que descobriu ídolos como o jogador Roberto Carlos, conhecido pelas coxas grossas, além, é claro, do talento em campo, brinca que vai deixar a mulherada com as pernas do craque.

— Não vou pegar leve, não! — assegura.

Nascido em praias cariocas, o beachboxing, nova modalidade inspirada no boxe inglês e disputada na areia, tem tudo para ganhar novos adeptos neste verão. Na região, a Praia da Barra, mais precisamente no trecho da Olegário Maciel, é o local exato onde o treinador Moacyr Lima, criador da modalidade, monta o ringue utilizado por seus alunos, sejam eles lutadores profissionais ou iniciantes.

O esporte tem regras diferenciadas do boxe tradicional: o tempo de assalto é de apenas um minuto e meio (metade dos três minutos originais), o ringue tem dimensões menores do que os originais e as luvas são maiores, o que confere mais proteção aos alunos. No entanto, isso não significa que a atividade seja fácil. Muito pelo contrário.

— Como a luta acontece com o pé descalço na areia, o esforço necessário é o dobro do que no boxe normal. E pelo fato de o ringue ser menor, a intensidade do combate é maior — explica o professor, que afirma ser possível gastar até 1.200 calorias por treino. — As aulas duram uma hora e também são compostas por treino funcional e abdominais.

Além de reunir interessados apenas nos benefícios do exercício físico, sem pretensões quanto a competições — a turma do professor Lima tem de médicos a juiz federal matriculados —, o beachboxing vem chamando a atenção de profissionais campeões de diferentes artes marciais, como muay thai, jiu-jítsu, kickboxing, que encontraram nele o esporte ideal para ganhar ainda mais resistência e condicionamento físico. De acordo com o criador da modalidade, isso não impede a prática do esporte com atletas iniciantes.

— Todos podem praticar juntos e ninguém atrapalha ninguém. Não precisa ser profissional de ringue para lutar. A pessoa pode vir aprender a movimentação do boxe. Neste caso, fazemos uma adaptação, uma espécie de beachboxing light — diz Lima, garantindo que o esporte pode ser praticado por crianças de 8 anos até senhores de 80.

Que a prática do crossfit caiu nas graças do público não é novidade para ninguém. Porém, a possibilidade de incluir exercícios dentro de uma piscina semiolímpica no WOD (como é chamado o desafio ou o treino do dia dentro do crossfit), sim. É o que será oferecido, a partir das próximas semanas, aos alunos do Crown Recreio. De acordo com Daniel Wayand [CREF 025414-G/RJ], coach da box — nome dado às academias de crossfit —, o local é o primeiro do Rio voltado para esta modalidade a ter uma piscina semiolímpica.

— O crossfit tem uma variação grande de exercícios, mas, até então, era tudo indoor. Com a piscina fazendo parte do circuito, aumenta a possibilidade de exercícios, incluindo aí os de submersão na água. Já dá, por exemplo, para colocar agachamentos, flexões de braço e ida e volta de nado crawl. Além disso, é importante para quem tem ou está se recuperando de alguma lesão, pois diminui o impacto. Sem contar que deixa a atividade ainda mais interessante — diz.


Fonte: O Globo