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Primeira técnica com registro na CBF relembra 'teste': 'Está preparada para ser xingada?' 26/02/2018

Quando olha para trás, ela se lembra dos dias em que completava o time de futebol dos primos homens no terraço de casa na cidade de Aparecida, no interior de São Paulo. Os anos se passaram e Nilmara Alves [CREF 044773-G/SP] se tornou a primeira mulher a treinar uma equipe profissional no estado e a única entre 120 treinadores na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2017. Há duas semanas, virou pioneira novamente: à frente do Manthiqueira, é a primeira mulher a assinar contrato com a Confederação Brasileira de Futebol desde que o registro de técnicos foi implementado na entidade, em abril do ano passado.

Com registro na carteira – o que, antes, valia só para jogadores –, treinadores e treinadoras se tornaram profissionais, com direito a seguro de vida de acidentes pessoais pago pela CBF e histórico de trabalho comprovado para darem entrada em suas aposentadorias no futuro. Além disso, passam a contar com direitos básicos, como a previdência.

“É uma conquista muito importante para nós, técnicos, que não somos valorizados no Brasil. Agora, temos um pouco mais de segurança para trabalhar. Treinador é tão importante como jogador. Me senti mais reconhecida quando fui convidada para voltar ao clube com carteira assinada. E como primeira mulher, me sinto muito feliz e com a importante função de mostrar para outras que elas podem conquistar seus sonhos de trabalharem como técnicas no futebol masculino”, disse ao espnW.

Amante do esporte desde criança, Nilmara queria ser atleta de futebol, vôlei ou atletismo. Estudou Educação Física e se descobriu com dom para ensinar. Começou sua carreira atuando em futsal e futebol feminino na prefeitura da Aparecida. “Me imaginava como treinadora de meninas. Por ser um mundo masculino, não me permitia sonhar em treinar meninos. ” (...)



Fonte: ESPN